Coronavírus e pessoas com deficiência: cuidados para prevenir a infecção
Quais cuidados as pessoas com deficiência devem ter com o coronavírus? São os mesmos adotados por toda a população ou existem recomendações específicas?
Embora a grande mídia tenha divulgado que os grupos de risco do coronavírus são compostos apenas por idosos e doentes crônicos, as pessoas com deficiência também estão na faixa da população com maior risco de contraírem a doença.
Aliás, em março deste ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um alerta mundial sobre a Covid-19 que chamou a atenção das autoridades sobre as pessoas com deficiência (PCDs).
Nos próximos parágrafos você vai entender o porquê disso e quais cuidados são necessários, não só para pessoas com deficiência, mas também para os seus cuidadores. Boa leitura!
O que é o Coronavírus e a COVID-19?
Antes de mais nada, devemos saber que o Coronavírus é uma família de vírus que causa infecções respiratórias.
A nova variação do vírus foi descoberta na China no final de 2019 e provoca uma doença chamada COVID-19 (COrona VIrus Disease – 2019).
Seu contágio se dá pelo contato com secreções respiratórias — em aperto de mãos, contato com gotículas de saliva, espirro, tosse ou através do toque em superfícies contaminadas, por exemplo.
Quais são os sintomas mais comuns do coronavírus?
Embora esta seja uma informação bastante difundida, vale lembrar que os principais sintomas do coronavírus são:
- Febre;
- Tosse;
- Dificuldade de respirar;
- Mudanças (ausência) no paladar e olfato.
Nesse sentido, vamos apresentar agora a relação entre pessoas com deficiência e o coronavírus.
PCDs estão no grupo de risco da Covid-19?
Ser uma pessoa com deficiência, por si só, não aumenta a vulnerabilidade ao coronavírus. Entretanto, ela pode se enquadrar no grupo de risco se, concomitantemente à deficiência, apresentar alguma das condições abaixo:
- Dificuldades nos cuidados pessoais;
- Problemas respiratórios;
- Doenças autoimunes;
- Doenças associadas, como o diabetes e a hipertensão arterial, bem como doenças do coração, pulmão e rim, além de doenças neurológicas;
- Estar em tratamento de câncer;
- Ter mais de 60 anos.
Ou seja, pessoas com deficiência podem estar mais vulneráveis ao coronavírus sim, por. Isso porque que é bastante comum que a deficiência seja acompanhada de uma das condições acima descritas.
Cuidados gerais para prevenir o coronavírus
Manter a higiene em dia é a principal forma que temos para evitar o contágio da doença e isso vale para todas as pessoas. Nesse sentido, é indispensável limpar com frequência mesas, celulares, maçanetas e outras superfícies com álcool 70%.
Preservar as mãos limpas é muito importante. E para que você consiga manter as suas bem higienizadas, basta seguir o passo a passo:
- Passe o sabão e molhe com água;
- Esfregue a palma de cada mão, entre os dedos e o polegar de cada mão;
- Lave o dorso de cada mão;
- Higienize os punhos.
Além disso, quais são os cuidados adicionais seriam necessários para pessoas com deficiência se prevenirem do coronavírus? É isso que veremos a seguir. Fique atento!
Quais cuidados as pessoas com deficiência devem ter?
Existem alguns cuidados específicos a serem tomados por pessoas com deficiência. O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) lançou uma cartilha com os cuidados básicos que as pessoas com deficiência e/ou doenças raras devem ter durante a pandemia de COVID-19.
Confira a seguir os principais tópicos!
Pessoas com doenças raras
Pessoas que apresentam baixa imunidade ou que tomam remédios imunossupressores, por exemplo, devem tomar um cuidado especial: se isolar o máximo possível.
Para os doentes crônicos é importante que não descuidem dos tratamentos em andamento. Por esta razão, caso utilize medicamento de uso contínuo, a pessoa nesta condição deve buscar uma receita com validade ampliada, para reduzir a ida aos postos de saúde e farmácias.
Além disso, pessoas que utilizam ventilação precisam cuidar muito bem da higienização dos equipamentos.
Pessoas com deficiência física
Uma vez que pessoas com lesões medulares podem ter dificuldade respiratória, elas também se enquadram no grupo de risco.
Neste caso, a instrução é limpar objetos tocados com frequência.
Além disso, exceto em caso de urgências, o ideal é evitar idas a hospitais, sessões de fisioterapia, bem como quaisquer atividades com equipamentos compartilhados.
Pessoas com deficiência visual
Nestes casos, o tato é um sentido muito explorado. Por isso, é importante lavar as mãos com frequência, principalmente após tocar em mapas táteis, corrimões, maçanetas, entre outros.
Além disso, se recomenda o uso frequente do álcool em gel.
Também é recomendada a limpeza de objetos tocados com frequência (como a bengala longa) com água, sabão e álcool 70%.
Também é indicado que, ao receber ajuda, a pessoa procure segurar no ombro do ajudante. Assim, evitará tocar nas mãos ou cotovelo de quem for guiá-la.
Pessoas com deficiência auditiva e surdocegueira
Se a pessoa com deficiência se comunica por meio da Libras, o melhor é não tocar o rosto durante a conversa. Já as pessoas que se comunicam com contato físico, devem higienizar bem as mãos e os antebraços.
Recentemente, publicamos no nosso Instagram um post que explica mais sobre isso. Confira a seguir:
Pessoas com deficiência intelectual
Como as pessoas nesta condição podem ter dificuldade de compreender as recomendações, elas necessitam de uma maior supervisão. Por isso é importante redobrar o cuidado com a higiene pessoal.
As pessoas com Síndrome de Down, por exemplo, podem ter uma incidência maior de disfunções da imunidade, cardiopatias congênitas e doenças respiratórias. Portanto, elas devem ser consideradas parte do grupo de risco.
Cuidados para os cuidadores na prevenção a Covid-19
Já que a disseminação do vírus é grande, a questão da higiene no contato com os pacientes é crucial para a prevenção. Por isso, os cuidadores precisam ter atenção redobrada durante a pandemia da Covid-19.
Uma dica é utilizar luvas e máscaras. Dessa forma, você evita a propagação de gotículas e o toque direto.
Caso o cuidador apresente sintomas de gripe, ele deve evitar o contato com o paciente e cuidar da própria saúde, em primeiro lugar.
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Considerações finais
Na situação que estamos vivendo, ficar em casa é um ato de amor pelo próximo e a melhor maneira de passarmos por tudo isso juntos, ainda que fisicamente separados.
Quanto menos pessoas circularem nas ruas, menos o vírus se espalhará, diminui o sofrimento da população com a COVID-19 e seus desdobramentos.
Em cenários de dificuldade e insegurança, manter o peito cheio de esperança e focado no bem faz toda a diferença.
E você também pode causar o bem junto com a gente, é só nos acompanhar na nossa página no Facebook e no nosso perfil no Instagram.
Vamos trazer muitas informações importantes e conteúdos exclusivos sobre o Coronavírus por lá.
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Até a próxima.
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